sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Formar bandas


Qual a maior dificuldade de formar uma banda? Se me perguntarem eu respondo com uma palavra: personalidade. Todos nós temos nossas preferências e estilos, e conseguir combinar nossas opiniões com outras pessoas é bem difícil. Começando com a definição o estilo da banda, os problemas aparecem. Para mim definir estilo já é problema, eu prefiro falar em tendencias. Acho que isso faz com que a banda nao se torne quadrada e seus integrantes neuróticos. Em uma banda temos que saber o que falar na hora certa, saber ouvir o que o outro está dizendo, entender os pensamentos e objetivos de cada um e respeitar o próximo. Lembrou de alguma coisa parecida com isso? Se você pensou em casamento está começando a entender como eu penso. A banda é um casamento de várias pessoas, é uma escola para a vida, é muito mais do que simplesmente tocar, é fazer parte da vida de cada integrante e ser parte da vida deles. Já tive várias bandas, cada uma com um jeito diferente, com problemas e qualidades diferentes. Nelas eu amadureci e hoje sei respeitar mais o espaço de cada um e ser respeitado também. Fazer parte de uma banda é fazer parte de uma história coletiva com amizade e momentos bons e ruins, como a vida. O que se leva dessa vida é isso, fazer parte da vida de pessoas que você ama.

OBS: Valeu Marconi pela sugestão do tema. Forte abraço amigo!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Compor músicas?


Meu primeiro texto não poderia ser sobre outra coisa: música. Sou músico e compositor há 10 anos mais ou menos. Lembro até hoje a primeira musica que escrevi, chama-se That Night. Curioso como a gente acaba evoluindo nesse negócio de escrever letras. Enfim, eu queria falar sobre criar música. Para mim, escrever uma letra está totalmente ligado ao momento e situação que o compositor está envolvido. Ela expressa exatamente o que o cara está passando naquele momento. Eu funciono dessa forma, por isso é bem difícil falar em música encomendada. Não que eu não consiga escrever uma música para um filme ou peça teatral, pelo contrário, adoro ter um estímulo ou tema para começar uma música. O fato é: a música me marca no momento da composição e até o minuto final que sua temática é contextualizada com minha vida. Depois de passado esse período, a música vira uma espécie de obra com significado poético e não mais sentimental. Acredito que isso é normal para quem escreve, e isso pode ser justificado em músicas que ficaram famosas, tipo Refrão de Bolero – o Humberto não me parece estar com a Ana. Para concluir, uma vez eu li que o fabuloso Freddie Mercury disse que a música para ele é como um produto que ele cria, consome e já se preocupa em criar outro. Eu acredito muito no que ele disse, mas prefiro encarar a música como obra que pode sim trazer lucro, afinal de contas isso é fruto de um trabalho. Mas compor é muito bom e requer mais transpiração do que inspiração.